19 de abr. de 2011

Música e amor - Introdução

Maurício, 26 anos, empresário.
Renata, 22 anos, estudante.


Maurício e Renata estão em um debate virtual sobre música. Maurício apoia a ideia de que músicas nos estilos pop ou rock influenciam mal as pessoas, e que não possuem letra nem qualquer outra coisa que mereça respeito, é um som vazio. Renata, irritada, fala que músicas desse tipo são animadas e alegram as pessoas, enquanto as músicas clássicas não passam de "um bando de velhos instrumentistas".


Logo, o debate se fecha entre os dois. Parece que a ferocidade com a qual disputam e argumentam seu gosto musical vai invadir o monitor dos participantes e vai começar a berrar suas teses.



Maurício: As músicas eruditas e clássicas foram comprovadas cientificamente que fazem bem para a saúde!
Renata: Com certeza deve fazer bem, pois só de escutá-las dá sono!
Maurício: Músicas do seu "tipo" criam videos insinuativos e influenciam negativamente as pessoas, sobre tudo, os jovens!
Renata: Estamos discutindo sobre música, não sobre videos. E shows são muito mais baratos, animados e divertidos do que óperas!
Maurício: São mais caras porque são de qualidade e relevância muito maior do que shows.
Renata: As músicas dos gêneros pop e rock fazem fluir seus sentimentos e animam, nos relaxam, nos revigoram!
Maurício: Essa musiquinhas não passam de sons sem significado, sem letra, é apenas ritmo. As músicas clássicas atingem nossa alma, constroem um ambiente de cultura, relaxamento e renovação. Aposto que metade das músicas que você escuta são feitas quase sem voz, só com aparelhos eletrônicos!
Renata: Nada disso, nesses casos são músicas eletrônicas, não precisam de letras, é só para dançar. Pelo visto você nem entende do assunto e tenta argumentar mesmo assim...
Maurício: Quantos anos você tem, 5?
Renata: E você, 50?
Maurício: Para sua informação, sou um empresário de uma produtora, e tenho 26 anos, 26!
Renata: Você, em uma produtora? Ela deve estar indo a falência...
Maurício: Nada disso, somos uma das maiores gravadoras do país, e administro ela, que herdei de minha família, do meu falecido pai...
Renata: Desculpe-me, eu não sabia...
Maurício: Não, não tem problema. E você, faz o que?
Renata: Tenho 22 anos, e estudo música. Pretendo ser cantora de música popular brasileira.
Maurício: MPB? Que coincidência! Minha gravadora trabalha com este tipo de música!
Renata: Nossa que legal. Onde você mora?
Maurício: Na cidade do Rio.
Renata: Nossa, também moro no Rio!
Maurício: Puxa...Quer sair, tipo, sexta à noite para conversar? Érh...sobre as músicas clássicas e o pop e rock, é claro!
Renata: Por que não, não é mesmo?

Não procure diferenças entre si, e sim, as igualdades.

Continua...
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Voltando um pouco ao tema músicas clássicas, acho bom sim todos ouvirem, pelo menos, um pouco. Não estou dizendo que vocês precisam gostar, mas pode ser que alguma agrade, além de ser um bom hábito. Mas é claro, não se pode criticar o gosto musical alheio, por mais que lhe seja desagradável, a não ser em músicas que xinguem ou critiquem sem motivo ou ainda, tragam preconceito. Afinal, o que é de gosto, não se discute.

Continua...

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